Além da sua cor, a ‘Lenda do Boto Rosa’, folclore brasileiro, é muito influente na região Norte do país
Natural da Amazônia, este esplêndido mamífero que desperta muitas curiosidades, também vive nos rios da Bolívia, Venezuela, Colômbia, Equador e do Peru.
O Boto-cor-de-rosa também é conhecido por outros nomes, como boto-vermelho, boto-rosa, boto-malhado, boto-branco, costa-quadrada, cabeça-de-balde, uiara ou simplesmente boto.Parente das baleias e dos golfinhos, esses mamíferos são encontrados não só nos rios principais, mas também em riachos, estuários e lagoas.
Das cinco espécies de golfinhos de água doce, o boto-cor-de-rosa é o maior e o mais inteligente. Os machos podem chegar a 2,5 metros de comprimento e pesar até 200 quilos; as fêmeas, um pouco menores, chegam a medir 2,2 metros e a pesar 150 quilos, em média.A cor característica do boto-cor-de-rosa varia de acordo com fatores como a idade, turbidez da água e o sexo do animal. Os recém-nascidos e jovens são cinzentos, e os adultos são rosados; a cor dos machos é mais viva que a das fêmeas. Seus olhos são pequenos, mas sua visão é boa. O “bico”, que se chama rostro, contém dentes, que são usados para capturar e triturar suas presas.
O boto-cor-de-rosa normalmente vive sozinho, mas também é encontrado em pares (formados pela fêmea e seu filhote) ou em grupos pequenos, com até quatro animais.
Ao nascer, os filhotes têm aproximadamente 80 centímetros. Eles se alimentam do leite da mãe por cerca de um ano. Cada fêmea dá à luz apenas um filhote por vez.
Ele se alimenta de dezenas de espécies de peixes, bem como de camarões, caranguejos e até tartarugas.
A gestação destes mamíferos dura cerca de onze meses. Os filhotes normalmente nascem entre maio e julho, quando os rios estão bem cheios.
A lenda do boto rosa
O boto-cor-de-rosa é uma lenda do folclore brasileiro, sendo muito influente na região Norte do país.
Reza a lenda que o boto que se transforma em um homem belo e sedutor. Com boa conversa e galanteador, usando roupas e sapatos brancos, além de um chapéu que tampa o topo de sua cabeça, ele sai a procura de uma linda mulher para seduzir.
Seu chapéu é, na verdade, um disfarce, pois a transformação não seria completa: no topo da cabeça estariam as narinas do boto.
Existem versões da lenda que falam que o boto procura a mulher mais bonita da festa para seduzi-la, e outras, que ele não procura necessariamente a mais bonita, mas sim uma mulher virgem.
Depois de seduzi-la, ele a abandona, voltando para as águas.
Essa lenda era muito utilizada na tradição popular para explicar os filhos "sem pais". Assim, todo filho que crescia sem saber quem seria seu pai, ficava conhecido como filho(a) do boto.
Símbolo de luxúria
O antropólogo Luís da Câmara Cascudo aponta para o fato de que o golfinho (espécie que se assemelha ao boto) era um símbolo de luxúria para gregos e romanos, que o associavam com o culto de Afrodite (Vênus, para os romanos), a deusa do amor. Além disso, existem literaturas que narram a paixão entre golfinhos e humanos e mostrava o animal como parte de um fetiche ictiofálico, isto é, a visão do peixe como um falo. Pode ser ressaltado também que os movimentos do golfinho na água eram assemelhados aos do ato sexual.
Essa associação do golfinho com a luxúria permaneceu e foi relacionada, no Brasil, ao boto-cor-de-rosa.
Cascudo aponta ainda que partes do corpo dos botos-cor-de-rosa eram tidas como portadoras de poderes mágicos. O olho seco de um boto, por exemplo, era tido como um poderoso amuleto amoroso.
Por fim, lendas parecidas com a do boto estão presentes em outros locais da América do Sul, como a Argentina e o Chile, e também em determinados locais da Europa.
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