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  • Mais de 140 botos e tucuxis foram encontrados mortos no Amazonas

     

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    Divulgação: Fundação Grupo Boticário

    O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) enviou cinco veterinários especializados em reabilitação de animais silvestres para auxiliar no atendimento aos botos no Lago Tefé, no Amazonas. 

    Até a última contagem, feita na quarta-feira (4), foram encontrados na região mais de 140 botos e tucuxis mortos.

    A equipe do Centro de Triagem do Ibama desembarcou na quinta-feira (5) e vai trabalhar em conjunto com outros órgãos que já atuam na emergência ambiental. 

    Um comando de incidentes foi instalado em Tefé, com a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio de diversas organizações, entre elas o Instituto Mamirauá e o Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPAAM).

    As ações estão concentradas no monitoramento dos indivíduos vivos e recolhimento e necrópsia das carcaças, além de coleta de amostras para análise das possíveis causas do incidente e outras variáveis ambientais.

    “Cabe destacar que protocolos sanitários têm sido adotados para a destinação das carcaças. Alguns animais estão feridos pelas lâminas dos barcos a motor, pois não há profundidade para mergulharem o suficiente para escapar das hélices. O ICMBio segue reforçando as ações para proteger as espécies, informou o órgão ambiental.

    Também está sendo realizado diariamente o monitoramento da temperatura da água, que ultrapassa 39º graus em alguns pontos do lago. A água muito quente pode reduzir o oxigênio dissolvido e, ao mesmo tempo, aumentar a taxa respiratória dos peixes, que afeta o metabolismo e provoca morte por asfixia.

    O ICMBio informou que a capitania dos Portos de Tefé está apoiando na fiscalização, ordenamento e desobstrução do lago para facilitar a passagem dos animais em busca de trechos mais profundos e evitar o agravamento da crise.

    De acordo com o instituto, outro incidente está sendo acompanhado em Alto Juruá, envolvendo uma grande mortandade de peixes.

    Fonte: Agência Brasil



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    Coreia do Norte pede que impeçam Japão de despejar resíduos radioativos no Pacífico

     
    Coreia do Norte pede que impeçam Japão de despejar resíduos radioativos no Pacífico
    Imagem: CNN

    O Japão planeja despejar os resíduos de águas da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico ainda durante o verão no Hemisfério Norte.

    A Coreia do Norte pediu no domingo (9) à comunidade internacional que interrompa o despejo planejado pelo Japão.

    “A justa comunidade internacional não deve sentar e assistir à ação maligna, anti-humanitária e beligerante da força corrupta que tenta perturbar o lar da humanidade no planeta azul, e deve se unir para detê-los e destruí-los completamente”, disse o Departamento de Proteção da Terra e do Meio Ambiente do país.

    A declaração surge na sequência do relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que considerou que o plano do Japão de despejar águas residuais tratadas de Fukushima estava em conformidade com as normas internacionais de segurança ambiental.


    A declaração do Centro industrial da Coreia do Norte (Pyongyang) é a mais recente de uma série de preocupações expressas por países vizinhos, incluindo Coreia do Sul, China e ilhas do Pacífico, todos os quais expressaram temores de possíveis danos ao meio ambiente e à saúde pública.

    As autoridades alfandegárias chinesas anunciaram na sexta-feira (7) que a proibição de importação de alimentos de 10 províncias japonesas, incluindo Fukushima, será mantida e que fortalecerá as inspeções para controlar a presença de “substâncias radioativas, a fim de garantir a segurança das importações de alimentos japoneses para a China”.

    A aprovação da ONU fez pouco para tranquilizar os pescadores e moradores ainda afetados pelo desastre de 2011.

    Em uma entrevista recente à CNN em Tóquio, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, disse que se reuniu com grupos de pescadores japoneses e prefeitos locais e reconheceu seus temores.

    “Minha disposição é ouvir e explicar de uma forma que aborde todas essas preocupações que eles têm”, disse ele.

    “Quando você visita Fukushima, é impressionante, eu diria até sinistro, ver todos aqueles tanques, mais de um milhão de toneladas de água contendo radionuclídeos, e imaginar que tudo isso vai ser jogado no oceano. Muitas coisas surgem, medos, e você tem que levá-los a sério, abordá-los e explicá-los.”

    A Agência disse que não havia melhor opção para lidar com o acúmulo maciço de resíduos coletado desde o desastre.

    “Estamos estudando essa política básica há mais de dois anos. Nós a avaliamos de acordo com os padrões mais rígidos que existem”, disse Grossi. “E estamos bastante confiantes no que dizemos e no esquema que propusemos.”

    *O terremoto e o tsunami de 2011 fez com que os núcleos do reator da usina superaqueceram e contaminaram a água da instalação com material altamente radioativo.

    Desde então, nova água foi bombeada para resfriar o combustível remanescente dos reatores. Águas subterrâneas e pluviais também vazaram, criando mais águas residuais radioativas que agora totalizam 1,32 milhão de toneladas métricas, o suficiente para encher mais de 500 piscinas olímpicas.

    “Medida necessária”

    As autoridades japonesas sustentam que o escoamento é necessário, já que o espaço para conter o material contaminado está acabando, e a medida permitiria o desmantelamento total da usina nuclear de Fukushima.

    Cientistas internacionais expressaram preocupação dizendo que não há evidências suficientes para a segurança a longo prazo e argumentando que a liberação poderia fazer com que o trítio – um isótopo de hidrogênio radioativo que não pode ser removido das águas residuais – se acumule gradualmente nos ecossistemas marinhos e nas cadeias alimentares, um processo chamado bioacumulação.

    O plano de lançamento de águas residuais tratadas está em andamento há anos, com o ministro do Meio Ambiente declarando em 2019 que “não havia outras opções” porque o espaço se esgota para conter o material contaminado.

    Alguns lançaram dúvidas sobre suas conclusões, com a China argumentando recentemente que a avaliação do grupo “não é prova da legalidade e legitimidade” da liberação de águas residuais de Fukushima.


    Quais são os riscos?

    As águas residuais radioativas contêm alguns elementos perigosos, mas a maioria deles puderam ser removidos. A preocupação é um isótopo de hidrogênio chamado trítio radioativo, que não pode ser retirado. Atualmente, não há tecnologia disponível para fazê-lo.

    Mas o governo do Japão e a AIEA dizem que a água contaminada será altamente diluída e liberada lentamente ao longo de décadas.

    Isso significa que a concentração de trítio liberada seria igual ou menor do que a quantidade permitida por outros países e atenderia aos regulamentos internacionais de segurança e meio ambiente, dizem eles.

    A TEPCO (Companhia de Energia Elétrica de Tóquio), o governo do Japão e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) também argumentam que o trítio ocorre naturalmente no meio ambiente, da chuva à água do mar, à água da torneira e até mesmo no corpo humano – portanto, liberar pequenas quantidades no mar deve ser seguro.

    No relatório da AIEA, Grossi disse que a descarga de água tratada no mar teria um “impacto radiológico insignificante nas pessoas e no meio ambiente”.

    Mas os especialistas estão divididos sobre o risco que isso representa.

    A Comissão Canadense de Segurança Nuclear diz que o próprio trítio é muito fraco para penetrar na pele – mas pode aumentar o risco de câncer se consumido em “quantidades extremamente grandes”. Enquanto isso, a Comissão Reguladora Nuclear dos EUA reconheceu que “qualquer exposição à radiação pode representar algum risco à saúde” – mas acrescentou que “todo mundo está exposto a pequenas quantidades de trítio todos os dias”.

    Robert H. Richmond, diretor do Kewalo Marine Laboratory da Universidade do Havaí em Manoa, está entre um grupo de cientistas internacionais que trabalham com o Pacific Island Fórum para avaliar o plano de liberação de águas residuais - incluindo visitas ao local de Fukushima e reuniões com a TEPCO , as autoridades japonesas e a AIEA. Depois de revisar os detalhes do plano, Richmond o chamou de “imprudente” e prematuro.

    Uma preocupação é que diluir as águas residuais pode não ser suficiente para reduzir seu impacto na vida marinha. Poluentes como o trítio podem passar por vários níveis da cadeia alimentar – incluindo plantas, animais e bactérias – e serem “bioacumulados”, o que significa que se acumularão no ecossistema marinho, disse ele.

    Ele acrescentou que os oceanos do mundo já estão sob estresse devido às mudanças climáticas, a acidificação dos oceanos, à pesca predatória e à poluição. A última coisa que precisa é ser tratado como um “lixão”, disse ele.

    E os riscos potenciais não afetarão apenas a região da Ásia-Pacífico. Um estudo de 2012 encontrou evidências de que o atum rabilho havia transportado radionuclídeos – isótopos radioativos como os das águas residuais nucleares – de Fukushima através do Pacífico para a Califórnia.

    Como a água será lançada?

    Primeiro, as águas residuais serão tratadas para filtrar todos os elementos nocivos removíveis. A água é então armazenada em tanques e analisada para medir o quão radioativa ela ainda é; grande parte será tratada uma segunda vez, de acordo com a Companhia.

    As águas residuais serão então diluídas em 1.500 becquerels de trítio – uma unidade de radioatividade – por litro de água limpa.

    Para efeito de comparação, o limite regulamentar do Japão permite um máximo de 60.000 becquerels por litro. A Organização Mundial da Saúde permite 10.000, enquanto os EUA têm um limite mais conservador de 740 becquerel por litro.

    A água diluída será então liberada através de um túnel submarino ao largo da costa, no Oceano Pacífico.

    “Um monitoramento garantirá que os padrões internacionais de segurança relevantes continuem sendo aplicados ao longo do processo de décadas estabelecido pelo governo do Japão e pela TEPCO”, disse Grossi no relatório.


    Os EUA apoiaram o Japão, com o Departamento de Estado dizendo em uma declaração de 2021 que o Japão foi “transparente sobre sua decisão” e parece estar seguindo “padrões de segurança nuclear globalmente aceitos”.

    O Conselho de Energia Atômica de Taiwan disse que a quantidade de trítio liberada está “abaixo do limite de detecção e o impacto em Taiwan será mínimo”. A ilha está localizada a sudoeste do Japão.

    Mas há mais resistência dos vizinhos mais próximos do Japão.

    Em março, uma importante autoridade chinesa alertou que as águas residuais poderiam causar “danos imprevisíveis ao ambiente marinho e à saúde humana”, acrescentando: “O Oceano Pacífico não é o esgoto do Japão para descarregar sua água contaminada por energia nuclear”.

    O Secretário-Geral do Fórum das Ilhas do Pacífico, um grupo intergovernamental de ilhas do Pacífico, incluindo Austrália e Nova Zelândia, também publicou um artigo de opinião em janeiro expressando “graves preocupações”.

    “Mais dados são necessários antes que qualquer liberação no oceano seja permitida”, escreveu ele. “Devemos a nossos filhos e netos trabalhar para garantir que seus futuros sejam garantidos e seguros.”

    O primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo, mostrou apoio ao plano em junho, dizendo que poderia beber as águas residuais depois de tratadas para atender aos padrões internacionais, de acordo com a Yonhap - uma declaração ridicularizada pelo líder da oposição do país .

    Outros países também não liberam águas residuais?

    Muitos órgãos, incluindo a AIEA , apontam que as usinas nucleares em todo o mundo liberam rotineiramente e com segurança águas residuais tratadas contendo baixos níveis de trítio.

    Um porta-voz da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA, um órgão do governo, confirmou à CNN que “praticamente todas as usinas nucleares nos EUA descarregam água contendo baixos níveis de radioatividade na hidrovia em que estão localizadas”.

    “O trítio não pode ser filtrado, mas um cidadão teria que ingerir uma quantidade significativa dele para que houvesse a possibilidade de um problema de saúde e a água radioativa liberada é muito diluída pelos fluxos na hidrovia”, disse o porta-voz.

    Muitos cientistas não estão tranquilos. Tim Mousseau, professor de ciências biológicas da Universidade da Carolina do Sul, apontou que, mesmo que essa seja uma prática comum entre as usinas nucleares, simplesmente não há pesquisas suficientes sobre o impacto do trítio no meio ambiente e em nossos alimentos.

    Richmond, da Universidade do Havaí, acrescentou que “o mau comportamento de outras pessoas” não é desculpa para continuar lançando águas residuais no oceano. “Esta é uma oportunidade definitiva para (o Japão e a AIEA) mudarem para melhor a maneira como os negócios estão sendo feitos”, disse ele.

    Como o público se sente?

    Tem havido muito mais ceticismo dos moradores da região – levando alguns compradores a estocar frutos do mar e sal marinho, por medo de que esses produtos possam ser afetados pela liberação de águas residuais.

    Na Coreia do Sul, os preços do sal marinho dispararam, com os lojistas dizendo que suas vendas dobraram recentemente, informou a Reuters . Ele citou um tweet viral em coreano que afirmava ter comprado três anos de algas marinhas, anchovas e sal.

    A autoridade de pesca coreana também disse que intensificará os esforços para monitorar as fazendas de sal quanto à radioatividade e manterá a proibição de frutos do mar nas águas próximas a Fukushima, informou a Reuters.

    Membros do público coreano também protestaram contra o plano, com alguns usando máscaras de gás do lado de fora da embaixada japonesa em Seul.

    A opinião também é mista entre o público japonês. Uma pesquisa da Asahi Shimbun em março constatou que 51% dos 1.304 entrevistados apoiaram a liberação de águas residuais, enquanto 41% se opuseram. No início deste ano, moradores da capital Tóquio foram às ruas para protestar contra o plano.

    Em Fukushima, a província onde ocorreu o desastre, os pescadores locais se manifestaram contra o plano desde o primeiro dia. Por muitos anos após o colapso, as autoridades suspenderam suas operações de pesca e outros países introduziram restrições à importação.

    Mesmo depois que a água e os peixes ao redor voltaram a níveis seguros, a confiança do consumidor nunca foi totalmente restaurada, e a indústria pesqueira de Fukushima agora vale apenas uma fração do que já valeu.

    Muitos argumentam que a liberação de águas residuais pode prejudicar ainda mais a reputação global e regional de Fukushima – mais uma vez impedindo a subsistência dos pescadores.

    Fonte: CNN

    Atividade humana coloca em risco botos cor-de-rosa na Amazônia

       
    Atividade humana coloca em risco botos cor-de-rosa na Amazônia
    Imagem: Jose Luis Mena


    Pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, e da organização de conservação Pro Delphinus, do Peru, realizaram um estudo observacional de golfinhos da espécie Inia geoffrensis – mais conhecidos como botos-cor-de-rosa – na Amazônia peruana. 

    Com um satélite pop-up, os cientistas rastrearam oito indivíduos dessa espécie, e concluíram que os animais estão ameaçados por barragens, dragagem e pesca na região.

    Os botos-cor-de-rosa são mamíferos aquáticos que habitam as águas dos rios amazônicos do Brasil, da Bolívia, da Venezuela, da Colômbia, do Equador e do Peru. A espécie está classificada como ameaçada de extinção na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

    Publicada no periódico Oryx na segunda-feira (3), a pesquisa aponta que, em média, 89% da área em que os botos vivem é usada para pesca. Além disso, os mamíferos foram encontrados relativamente próximos à área estudada: eles estavam a cerca de 252 km de uma barragem e a 125 km de um local de dragagem.

    Por mais que essas sejam distâncias significativas, as áreas em que os golfinhos vivem abrangem mais de 50 km em média, e barragens e dragagens podem afetar grandes extensões de habitats fluviais. O estudo também alerta que muitos botos da Amazônia vivem ainda mais perto desses locais com atividade humana do que os sete machos e a fêmea acompanhados pelos pesquisadores.

    “Está claro que o boto do rio Amazonas está enfrentando ameaças crescentes de humanos”, disse a Dra. Elizabeth Campbell, do Centro de Ecologia e Conservação do Campus Penryn de Exeter, em nota. “A pesca pode acabar com as populações de presas dos golfinhos, e os golfinhos também correm o risco de morte intencional e captura acidental.”

    De acordo com Campbell, a captura acidental tem sido uma ameaça para esses mamíferos nos últimos 30 anos, mas não há dados reais sobre quantos são capturados por ano.

    A construção de barragens, principalmente no Brasil, é uma ameaça à expansão. Atualmente, existem 175 delas em operação ou em construção na Bacia Amazônica, e mais de 428 estão planejadas para os próximos 30 anos. Além disso, o projeto para a Hidrovia Amazônica foi aprovado.

    Essas construções envolvem locais de dragagem em quatro cursos de água importantes da Bacia Amazônica, além da expansão de portos para facilitar a navegação de navios nos rios Amazonas, Ucayali e Marañón. Isso prejudica os animais aquáticos; mas, segundo os pesquisadores, o governo peruano ainda pode proteger a biodiversidade.

    “O Peru tem a chance de preservar seus rios de fluxo livre, mantendo-os como um habitat seguro e saudável para botos e muitas outras espécies”, disse Campbell. “Dado que muitas dessas barragens e projetos de dragagem ainda estão em fase de planejamento, aconselhamos o governo a considerar os efeitos negativos que essas atividades já tiveram sobre as espécies fluviais em outros lugares.”

    Para a autora, programas de rastreamento de golfinhos fluviais devem ser expandidos para abranger diferentes estações do ano e checar melhor a quantidade de fêmeas em locais de estudo. A pesquisadora também destaca a importância de aumentar o número rastreado de botos em outras áreas a fim de aprofundar o conhecimento dos padrões de movimento dessa espécie.

    Fonte: Revista Galileu

    Mergulhadores se unem em prol da pesquisa do mundo submerso no Paraná

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    Imagem: Conexão Planeta


    O oceano é o lar de criaturas incríveis e abriga uma biodiversidade gigantesca, grande parte ainda desconhecida. 

    O litoral paranaense é um dos menores no Brasil, com cerca de 100 km de costa em contato com o Oceano Atlântico Sul, mas é uma das áreas mais importantes do mundo quando o assunto é fauna e flora. Esse pequeno trecho do litoral brasileiro possui diversas ilhas e vários pontos de recifes artificiais ricos em vida marinha que são monitorados pelo Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha (REBIMAR)

    O programa conta agora com uma nova tecnologia para a pesquisa subaquática, o equipamento de mergulho rebreather. A tecnologia europeia chegou ao Brasil para contribuir para a observação de espécies difíceis de avistar, como o grande peixe mero, as garoupas, além de tartarugas marinhas, raias e outras criaturas extraordinárias que habitam o incrível mundo submerso. Muitas delas estão ameaçadas de extinção e são muito difíceis de encontrar em outros pontos da costa brasileira.

    O equipamento é especial para a pesquisa porque não emite sons embaixo d’água e não solta bolhas. Sem ruídos, os seres marinhos não se assustam, pelo contrário, têm se aproximado cada vez mais dos mergulhadores-cientistas. O rebreather permite que o ar seja reciclado por uma sessão de filtragem e retorne para o mergulhador. Com isso é possível ficar até três horas no fundo do mar. E foi assim que a equipe do REBIMAR registrou um comportamento muito especial do mero.

    “O peixe gigante se aproximou muito perto de mim, algo inédito de ocorrer. O mero chegou com muita curiosidade e praticamente encostou em mim, sem nenhum tipo de medo ou receio de ter um mergulhador na frente dele. Foi maravilhoso! Essa tecnologia proporciona encontros incríveis com a vida marinha, muito diferente do cilindro de mergulho comum”, conta Robin Loose, mergulhador e coordenador de Logística e Operações Náuticas na Associação MarBrasil.

    Robin explica que com o mergulho scuba, aparelho tradicional com ar comprimido que solta bolhas, é quase impossível ter essa proximidade com os seres marinhos mais raros. “Já com o rebreather, conseguimos chegar bem perto, medir o comprimento e avaliar o comportamento deles. É um benefício gigantesco para a pesquisa da ictiofauna, o conjunto de peixes de uma região ou ambiente”, acrescenta.

    Em todo Brasil, há apenas cinco aparelhos rebreathers e somente duas universidades usam essa tecnologia para pesquisa: a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Associação MarBrasil, responsável pelo REBIMAR, atualmente é a única ONG que possui esse modelo com fins científicos.

    Mas é preciso um longo treinamento e muita experiência embaixo d’água para usar o rebreather. De modo algum os mergulhadores encostam no chão, eles flutuam como se estivessem voando. Isso impede qualquer tipo de contato que possa impactar no ecossistema marinho, quebrando corais, rochas ou remexendo o fundo do oceano, por exemplo.

    O REBIMAR possui dois mergulhadores qualificados e firmou uma parceria de cooperação técnica e científica com o centro de mergulho Acquanauta, que também adquiriu um desses aparelhos e atua com treinamento de mergulhadores e turismo. A parceria permite que mergulhadores recreativos mais experientes participem das expedições de pesquisa e ajudem nos registros.

    As imagens subaquáticas são cedidas para o projeto e têm aumentado o acervo do REBIMAR que faz um monitoramento constante das áreas foco de estudo que incluem as duas balsas naufragadas no litoral do Paraná, o Parque Nacional Marinho dos Currais, a Ilha da Figueira e Ilha do Castilho, essa última em São Paulo.

    Reinaldo Alberti, sócio da Acquanauta, está entre os cinco instrutores mais bem qualificados do Brasil e participa ativamente das expedições do REBIMAR. “Como ONG, a MarBrasil não pode vender saídas de mergulho, então, a Acquanauta ajuda com doações para manutenção das lanchas e do combustível. E nossos mergulhadores assinam um termo de cessão de imagens para o REBIMAR”, explica.

    O banco de dados contribui para as pesquisas que já são desenvolvidas e, com isso, os mergulhadores recreativos valorizam ainda mais a atividade. Eles recebem os briefings de mergulho como se fosse uma atividade de educação ambiental, com informações sobre o local, que tipo de vida marinha tem ali e quais são as principais maneiras de mergulhar preservando o meio ambiente.

    A parceria com a Acquanauta é de longa data e envolve ainda a manutenção dos equipamentos e o fornecimento dos gases necessários. “Trabalhamos com uma mistura que já existe no ar que respiramos, com nitrogênio e hidrogênio, mas com um pouco mais de oxigênio para deixar o mergulho mais seguro e por mais tempo nesta faixa de 30 metros de profundidade”, esclarece Reinaldo.

    A fisioterapeuta e mergulhadora, Maria José Perrelli, participou de uma das expedições e considera a iniciativa essencial, principalmente para a conservação dos ambientes aquáticos, com a divulgação da vida marinha e o estudo do comportamento das espécies.

    “A água é muito rica em alimento para os animais e tem muita vida, acho fantástica essa parceria. São mergulhos únicos, em nenhum outro lugar há uma aglomeração de meros tão grande quanto nas balsas afundadas. Também pude ver uma variedade enorme de espécies como raia-manteiga, tartarugas marinhas, moreia e cardumes com peixes como garoupas, salema, olho-de-cão, entre outros”.

    Fonte: Conexão Planeta

    Com cenário natural corrida “21K Búzios” promete ajudar meio ambiente

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    Imagem: Diário do Turismo


    2ª edição da corrida “21K Búzios” acontece dia 16 de julho, é definida como um evento Carbono Neutro, a prova terá plantio de mudas de espécies da Mata Atlântica.

    Já começou a contagem regressiva para a 2ª edição da corrida “21k Búzios”, que acontecerá no dia 16 de julho (domingo). Uma das provas clássicas do esporte, a meia maratona retorna ao balneário com direito a um cenário repleto de muitas belezas naturais.

    Além disso, ao longo do percurso estão trechos de asfalto e, claro, há desafios em meio aos encantos do Parque Estadual da Costa do Sol. Incluindo suas trilhas e a linda praia de Caravelas. Já a largada e a chegada da prova serão no Aretê Búzios.

    Inclusive, as inscrições estão abertas e podem ser feitas até o próximo domingo (09/07) pelo site oficial. Ainda, o evento terá as provas de Caminhada 3km, Corrida 5km, Corrida 10km e Corrida Kids, que acontecem dentro do Aretê Búzios.

    Corrida “21K Búzios” impulsiona a sustentabilidade & economia

    Definida como um evento Carbono Neutro, a corrida “21K Búzios” promoverá uma ação ambiental com o plantio de 50 mudas de árvores de espécies nativas da Mata Atlântica no município. Isso dentro da Área de Preservação Ambiental do Parque Estadual da Costa do Sol.

    Além disso, o evento é organizado pela Seven Eco Events, sempre atenta às causas sustentáveis e sociais.
    Ainda, a expectativa da organização é de que a corrida reúne 800 atletas, vindos de boa parte de outras cidades e de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. “Temos inscritos também do Distrito Federal, Paraná, Acre e Amazonas”, comentou Hayllan Lima, diretor da Seven Eco.

    Inclusive, os participantes prometem movimentar a economia da cidade, uma vez que eventos esportivos envolvem diversos segmentos. Em especial, o do Turismo, atraindo atletas de outros municípios.

    “Os que vêm de fora costumam trazer suas famílias, incrementando a rede hoteleira, a gastronomia e os serviços em geral durante o fim de semana”, completou Hayllan.

    Veja como será a premiação com troféu:

    21k
    • Troféu para os 5 primeiros colocados gerais (feminino e masculino) que, automaticamente saem da categoria de idade e são denominados “Elite”
    • Troféu para os 3 primeiros colocados em cada Categoria (até 19 anos, 20-29 anos; 30-39 anos, 40-49 anos, 50 -59 anos, 60 anos a 64 anos, 65 anos a 69 anos, 70 +)

    5K e 10K
    • Troféu para os 3 primeiros colocados gerais (feminino e masculino)
    • Troféu para os 3 primeiros colocados em cada Categoria (até 19 anos, 20-29 anos; 30-39 anos, 40-49 anos, 50 -59 anos, 60 +)

    Obs: Todos os atletas que completarem as provas recebem medalha

    Serviço

    21K Búzios

    Data: 16 de julho – domingo
    Hora: 7h30, prova de 21k. As provas de 3k, 5k e 10k têm largada às 7h45
    Largada e Chegada: Aretê Búzios – Av. José Bento Ribeiro Dantas, 8.300
    Inscrições: www.seveneco.com.br

    Fonte: Diário do Turismo

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    Copel contrata sistema de geração solar para comunidade da Ilha do Mel

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    Imagem: José Fernando Ogura / Arquivo AEN

    A Copel vai construir um sistema de geração solar fotovoltaica para atender a comunidade tradicional da Ponta Oeste, na Ilha do Mel. 

    A solução foi escolhida por ser a tecnologia mais efetiva, sustentável e com menor impacto ambiental para fornecer energia às famílias desta comunidade, que se localiza em uma Área de Proteção Ambiental (APA). Nesta segunda-feira (3), a companhia lançou o edital para contratar a empresa que será responsável pela construção das centrais solares.

    Sem custos de instalação para a população, o sistema será formado por painéis fotovoltaicos que totalizam 62 quilowatts-pico (kWp) – unidade que mede a capacidade máxima de potência do sistema – e um contêiner com baterias que possuem 75 quilowatts (kW) de potência e capacidade para armazenar 450 (quilowatts-hora) kWh.

    Projetado para gerar energia renovável, sem emissão de poluentes e de forma a minimizar os impactos ambientais, o sistema terá capacidade para atender a localidade com energia e possibilitar, além da iluminação, o uso de eletrodomésticos, como geladeira, televisão e ventilador, dentre outros.

    Conhecido tecnicamente como Microssistema de Distribuição de Geração Distribuída (MIGDI), o conjunto formado pelas centrais solares e baterias proporciona geração renovável e consiste em uma solução moderna e adequada para atendimento com energia a áreas de proteção ambiental.

    “Para armazenar a energia gerada será instalado um sistema de baterias que poderá atender a comunidade por alguns dias, mesmo que não haja sol”, afirma o superintendente de Smart Grid e Projetos Especiais da Copel, Júlio Omori. “Trata-se de um sistema de baterias de lítio que, além de atender a demanda da comunidade, conta com tecnologia que possibilita o acompanhamento remoto de seu funcionamento. Assim, um eventual problema poderá ser identificado instantaneamente e solucionado com mais rapidez”.

    Paralelamente, a Copel vai instalar um sistema para aquecimento de chuveiro junto a cada residência. A estrutura é formada por um reservatório térmico de água (também conhecido como boiler) que utiliza o calor do sol para esquentar a água que será utiliza pela ducha de cada casa, mantendo o aquecimento da água sem gasto adicional de energia.

    Ao longo dos últimos anos, a Copel investiu para reforçar o atendimento à Ilha do Mel e minimizar o impacto ao meio ambiente. Em 2022, a companhia substituiu uma rede convencional por rede compacta na Ilha do Mel. Foram investidos R$ 302,93 mil na instalação de postes de fibra e na substituição de 4,17 km de cabos. Os cabos compactos instalados são mais resistentes a galhos e outros objetos, garantindo maior qualidade no fornecimento de energia. A melhoria permite, ainda, reduzir a área de poda e o impacto sobre a arborização.

    A Ilha do Mel também será beneficiada, em 2024, pelo programa Rede Elétrica Inteligente, que vai trocar gratuitamente os medidores dos consumidores locais por medidores digitais inteligentes. Com os novos equipamentos, que se comunicam de forma remota com o Centro de Operações na Copel, eventuais desligamentos serão restabelecidos mais rapidamente.

    A leitura do consumo, assim como o desligamento por inadimplência e a religação após o pagamento das contas são feitos a distância, sem a necessidade de deslocamento de um profissional até o domicílio do cliente. Até agora, o programa instalou mais de 500 mil medidores em quase 80 municípios de todo o Paraná.

    Fonte: Aen PR


    Estado planeja repovoar rios do Paraná com mais 10 milhões de peixes nativos até 2026

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    Imagem: IAT


    O Governo do Estado planeja soltar mais 10 milhões de peixes nativos nos diferentes rios que cortam o Paraná até 2026. A ação faz parte da segunda etapa do Programa Rio Vivo, lançado originalmente em 2019, pelo Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

    A prática, também conhecida como repeixamento, visa a preservação da vida aquática nas 16 bacias hidrográficas do Estado, garantindo o equilíbrio da fauna com a recuperação de espécies em declínio populacional. A medida colabora, ainda, para a preservação da água para a população.

    Os números desta nova fase do Rio Vivo são consideravelmente mais robustos em comparação à etapa inicial. Houve um incremento de 275% no número de peixes disponíveis para a soltura no comparativo com o período entre 2019 e 2022, quando foram distribuídos cerca de 2,675 milhões, de espécies como dourado, pintado, piau, piapara, jundiá, traíra, lambari e afins.

    O conjunto de municípios beneficiados aumentará aproximadamente 67%, passando de 30 para pelo menos 50 cidades. Neste ano, a expectativa é que 2,5 milhões de alevinos sejam soltos em rios como o Ivaí, Piquiri, Tibagi e Iguaçu, entre outros. “Esse projeto nos ajuda a obter uma gestão ambiental eficiente por preservar o grande patrimônio natural que o Paraná possui, em água, floresta e solo”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

    “Estamos preparando a licitação para compra de mais 2,5 milhões de peixes para ações de soltura em todo o Estado neste ano. O objetivo é atender mais de 50 pedidos de municípios que estão em processo de cadastramento para participarem do programa”, acrescentou o coordenador das Bacias Hidrográficas e Pesca da Sedest, Roald Andretta.

    Ele reforçou a função social do Rio Vivo, com o engajamento da população em ações de preservação ambiental. “Todas as atividades do projeto têm envolvimento da sociedade civil, em especial de crianças e idosos. É desta forma que se desenvolve um laço mais direto com a conservação do meio ambiente. Buscamos a parceria de todos os atores envolvidos com as nossas bacias hidrográficas”, disse.

    O coordenador destacou que o Paraná, por ser o único Estado do País com uma resolução própria que garante o bom funcionamento do procedimento, é considerado uma referência para o País em repeixamento.

    “A Resolução Sedest/IAT nº 10/2021 foi elaborada com o apoio de biólogos. Ela estabelece as normas corretas para a estocagem dos peixes e a execução dessa prática, já que soltar um peixe em um rio pode ser danoso ao meio ambiente caso a espécie não seja nativa da região, não se tenha atenção à genética ou esteja contaminada com algum tipo de zoonose”, explicou Andretta.

    A lista de espécies permitidas para e soltura em rios, mares e estuários no Paraná pode ser consultada nesta Resolução.

    Além das ações de repeixamento, a Superintendência das Bacias Hidrográficas é responsável por regularizar a atividade da pesca em todo o Estado. Entre as atribuições estão a regulamentação de áreas próprias e impróprias para pesca; o licenciamento para produtores; a fiscalização e a punição de infratores que estejam pescando em locais inapropriados ou em períodos como os quatro meses do defeso da piracema, que é quando determinadas espécies de peixes fazem migrações reprodutivas; e prestar apoio para atividades de pesca esportiva, inclusive preparando atividades ambientais para integrar a programação dos eventos, como plantio de mudas nativas, coletas de lixo e palestras com temática ambiental.

    Outro destaque é a colaboração com eventos de turismo de pesca, que atraem um grande número de pessoas todos os anos no Estado. Apenas com os 10 eventos parceiros ocorridos em 2022 foram movimentados mais de R$ 4,9 milhões, de acordo com levantamento da superintendência. Nesses casos, é obrigatório que os peixes sejam devolvidos aos rios após as atividades.

    Fonte: Aen PR

    IMO inicia reunião para decidir a estratégia de emissões da navegação

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    Imagem: GCapitain


    O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, pediu nesta segunda -feira um acordo para atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050 em negociações de navegação em Londres nesta semana e pediu que os esforços de descarbonização sejam mais rápidos.

    A China, no entanto, está recuando nas metas, de acordo com uma nota diplomática emitida por Pequim.

    A navegação, que transporta cerca de 90% do comércio mundial e é responsável por quase 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono, está enfrentando apelos de ambientalistas e investidores para adotar ações mais concretas, incluindo uma taxa de carbono.

    “Peço que deixem Londres tendo acordado uma estratégia de gases de efeito estufa que comprometa o setor a zero emissões líquidas até 2050, o mais tardar”, disse Guterres em um discurso gravado.

    “E isso inclui metas ambiciosas baseadas na ciência a partir de 2030 – tanto em reduções absolutas de emissões quanto no uso de combustíveis limpos”.

    Guterres disse que tais metas forneceriam “a certeza de que a indústria e os investidores precisam”.

    Os países membros da agência marítima da ONU, a Organização Marítima Internacional (IMO), estão reunidos em Londres esta semana. Eles adotarão uma estratégia atualizada de emissões de gases de efeito estufa cujos detalhes específicos estão sendo discutidos.

    Além disso, também há propostas para um imposto sobre as emissões globais de dióxido de carbono na navegação.

    Até agora, a IMO prometeu reduzir pela metade as emissões de gases de efeito estufa dos navios até 2050, a partir dos níveis de 2008 – um compromisso que fica atrás dos planos da UE e dos EUA de atingir zero emissões líquidas até essa data.

    De acordo com uma nota vista pela Reuters que foi emitida pela China e distribuída para os países em desenvolvimento, Pequim disse, “os países desenvolvidos estão pressionando a IMO para alcançar visões irrealistas e níveis de ambição, exigindo especialmente que a indústria naval internacional alcance zero emissões de GEE no ciclo de vida até 2050, o mais tardar”.

    A nota acrescentou que a China se opôs ao uso de “receitas para fins de adaptações gerais às mudanças climáticas fora do setor de transporte marítimo”.

    Quando solicitado a confirmar a nota, que foi relatada pela primeira vez pelo Financial Times, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse a repórteres em Pequim na segunda-feira que a China acreditava que a IMO deveria "levar em conta as diferentes condições nacionais" e "acomodar as preocupações legítimas dos países em desenvolvimento". países".

    Fonte: GCaptain

    Garimpo ilegal devasta área de 118 hectares em Rondônia e no Amazonas

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    Imagem: Acervo / ICMBio


    O local equivale ao tamanho de 118 campos de futebol, diz PF.

    Agentes da Polícia Federal (PF), com servidores do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), desarticularam uma estrutura de extração ilegal de cassiterita em uma região de divisa entre os estados de Rondônia e do Amazonas. No local, foi encontrada uma área de devastação de 118 hectares, equivalente ao tamanho de 118 campos de futebol.

    O delegado da Superintendência da Polícia Federal em Rondônia, Thiago Peixe explicou que o local foi localizado por meio do sistema de monitoramento via satélite, associado às denúncias da população local. “É uma região distante tanto das unidades de policiamento de Rondônia, quanto do Amazonas, uma espécie de zona cinzenta, onde só conseguimos chegar com a ajuda das aeronaves”, diz sobre os dois equipamentos disponibilizado pelo ICMBio.

    Segundo o delegado, com a aproximação das aeronaves ao local, os garimpeiros fugiram e se esconderam na mata para evitar o flagrante. O garimpo ilegal atuava em uma área do Parque Nacional Campos Amazônicos e da Terra Indígena Tenharim Marmelos.

    A operação, chamada pela PF de Retomada, contou com a participação 20 policiais federais, além de oito servidores do ICMBio, que atuaram na região entre os dias 29 de junho e 2 de julho. No local, foram identificadas a extração ilegal de cassiterita, de onde é extraído estanho.

    Segundo Thiago Peixe, esse tipo de garimpo ilegal causa graves prejuízos ambientais. Além do desmatamento, há ainda o risco de contaminação por combustível e substâncias tóxicas usadas na resumidora, equipamento que separa o minério da terra. “Na região há rios de menor volume que alcançam rios maiores e os próprios buracos escavados na mineração representam um risco à contaminação do lençol freático”, explica.

    Na estrutura utilizada pelos garimpeiros havia dez áreas de acampamento, onde foram encontradas duas escavadeiras hidráulicas, 11 motores de dragagem, quatro geradores de energia elétrica, oito veículos, entre motocicletas e caminhonetes. Toda a estrutura foi destruída pela polícia, que estima um prejuízo de R$ 8 milhões à organização criminosa.

    Fonte: Agência Brasil

    Pesquisa acha glitter e microplástico em ostras e mariscos de Santa Catarina

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    Imagem: Universidade de York

    Um projeto de pesquisa que está sendo realizado no Câmpus Itajaí identificou a presença de microplásticos em moluscos como ostras e mariscos. Os pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina descobriram as pequenas partículas em todas as amostras.

    Os moluscos vieram de dois pontos considerados polos de cultivo na região, Penha e Bombinhas. Importante saber que Santa Catarina representa 95% de toda a produção nacional. “Todas as amostras que recebemos até agora tinham microplásticos; já encontramos sete microplásticos em uma amostra de ostra e 13 em uma de um mexilhão.” Portanto, muito cuidado ao consumir moluscos.

    Os microplásticos nos oceanos

    Esta é mais uma ‘contribuição’ dos nossos modos insustentáveis de viver. Hoje os oceanos sofrem uma pandemia deste material em partículas mínimas. Com isso, animais filtradores, como ostras e mariscos, acabam retendo o material em seu interior.

    Nenhum oceano deixou de receber sua carga, nem mesmo o Ártico. E há muito que as partículas entraram na cadeia alimentar dos seres humanos. O fenômeno é de tal importância que até no sal de cozinha há microplásticos.

    Cinco gramas por pessoa por semana

    A Universidade Médica de Viena publicou recentemente um estudo na revista' Exposure & Health 'que sugere que, em média, cinco gramas de partículas de plástico entram no trato gastrointestinal humano por pessoa, por semana.’

    ‘A equipe de pesquisa da Universidade Médica de Viena resumiu o estado atual do conhecimento científico em seu relatório, afirmando que as partículas ingeridas que passam pelo trato gastrointestinal levam a mudanças na composição do microbioma intestinal.’

    Em resumo, estamos respirando microplástico, comendo-o e bebendo água com infusão de plástico todos os dias. Isso acontece porque o material não é biodegrada. Em vez disso, ele se decompõe em pedaços menores e, por fim, acaba em todos os lugares, inclusive na cadeia alimentar.

    Por mais estranho que seja comer o equivalente a um cartão de crédito por semana, a informação tem confirmação por variadas fontes. Matéria da Reuters, de 2019, dizia que ‘As pessoas podem ingerir o equivalente a um cartão de crédito de plástico por semana, segundo estudo recente do WWF International. A matéria destaca ainda que acontece ‘principalmente na água potável’, mas também ‘através de fontes como mariscos’, que tendem a ser comidos inteiros.

    A produção de mexilhões em Santa Catarina

    A pesquisa da UFSC começou em fevereiro e deve durar um ano. E desde as primeiras amostras houve a constatação. Segundo o g1, ‘Três meses depois (de Fevereiro, início da pesquisa), o grupo já analisou cerca de 60 amostras dos alimentos cultivados no mar das cidades de Penha e Bombinhas, no Litoral Norte catarinense. Em todas elas, os pesquisadores encontraram ao menos um fragmento de microplástico.

    E concluiu: ‘Coordenador da pesquisa, o professor Thiago Pereira Alves explica que a proposta é realizar análises das ostras e mexilhões em cada uma das estações do ano para sensibilizar e alertar a população sobre os riscos do consumo do microplástico. Isso ocorre porque, segundo ele, os animais ingerem a substância que está cada vez mais presente no oceano durante a alimentação.’

    Em 2020 um estudo liderado por pesquisadores da escola de medicina conjunta das Universidades de Hull e York (Hull York Medical School) – analisou mais de 50 estudos entre 2014 e 2020 para investigar os níveis de contaminação por microplásticos globalmente em peixes e mariscos.

    Segundo a Universidade de York, entre os frutos do mar, mexilhões, ostras e vieiras têm os níveis mais altos de contaminação por microplástico. Claro, os três são animais filtrantes, como a água do mar está repleta de partículas, acabam ficando retidas.

    Fonte: Mar Sem Fim


    Deputados e especialistas debatem proteção do ambiente marinho e costeiro no Paraná

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    Imagem: Valdir Amaral/Alep


    Encontro discutiu projeto de lei que prevê procedimentos a serem cumpridos por embarcações fundeadas ou atracadas em áreas de zonas costeiras, águas continentais ou baías.

    O projeto de lei nº 307/2023, proposto pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Luiz Traiano (PSD), pelo 1º secretário, deputado Alexandre Curi (PSD), pelo corregedor da Casa, deputado Artagão Júnior (PSD), e pelo 3º secretário, deputado Goura (PDT), estabelece procedimentos de proteção ao meio ambiente marinho e costeiro a serem utilizados pelas embarcações fundeadas ou atracadas em áreas de zona costeiras, águas continentais ou baías do Estado do Paraná.

    Para tanto, os autores realizaram audiência pública com o objetivo de ampliar o debate sobre o tema e ouvir o setor sobre o aperfeiçoamento de medidas preventivas empenhadas na manutenção do meio ambiente, evitando situações indesejáveis como a descarga ilegal e desconhecida de óleo, e, consequentemente, o equilíbrio da biosfera local.

    O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSD), disse que “o maior objetivo deste projeto de lei é propor algo que possa preventivamente evitar catástrofes. Já tivemos situações graves, como por exemplo vazamento de óleo e outras situações que geraram grandes multas e, portanto, o que se quer é discutir amplamente este tema com pessoas que tenham amplo conhecimento sobre matéria para podermos balizar a continuidade deste projeto”.

    Para o deputado Artagão Júnior (PSD) “a preocupação de nós parlamentares autores deste projeto é promover medidas e obrigações preventivas para possíveis danos ambientais. Nós já vivemos algumas experiências aqui no estado do Paraná, que já trouxeram sequelas não muito satisfatórias para o litoral paranaense. Hoje, com esta proposta de Lei, oportunizamos o debate para que possamos promover a proteção que nosso litoral merece”.

    O engenheiro naval, consultor em gestão de óleo e gás e especialista no setor portuário, Thiago Lopes, explicou que “os cercos preventivos e barreiras de contenção são medidas simples e baratas onde uma embarcação pequena, que fica com as barreiras em seu convés é acionada assim que a embarcação chega para fazer a operação no porto. Ela é cercada e qualquer tipo de vazamento que possa acontecer fica contido dentro desta proteção, diminuindo em muito a possibilidade de uma catástrofe ambiental e qualquer sinistro que aconteça pode ser retirado encerrando o problema”.

    “Hoje, o que nós temos é uma ação reativa, depois que acontece o vazamento é que a central responsável pela segurança do porto pode atuar. Esta proposta de Lei vem a ser preventiva, onde todo armador, através de seu agente marítimo, faz a contratação de uma empresa especializada que faz a barreira diminuindo consideravelmente o risco ambiental”, concluiu o engenheiro Lopes.

    O subdiretor de atividades técnicas no Corpo de Bombeiros do estado do Paraná, tenente-coronel Jonas Emmanuel atua há 15 anos na região litorânea e afirmou que no seu ponto de vista o projeto de lei “é muito positivo porque trata da prevenção, especialmente nos momentos de abastecimento, transferência e bombeamento que é quando acontecem os sinistros”.

    Para o representante do Instituto Água e Terra (IAT), senhor José Luiz Scroccaro, “toda ação que visa proteger o meio ambiente é sempre bem-vinda porque com a prevenção se deixa de ter custos elevados na recuperação de áreas degradadas em função de possíveis acidentes, fazendo do Paraná um estado sustentável e ambientalmente seguro”.

    O chefe de planejamento setorial da Secretaria de Segurança Pública do estado do Paraná, senhor Júlio Cesar, afirmou que é “muito necessária esta prevenção, porque somente a aplicação da multa não consegue reparar os estragos já feitos ao meio ambiente em casos de acidentes nas faixas litorâneas”.

    Para o representante da Defesa Civil do Paraná, major Daniel Lorenzetto, ressaltou que “agir de forma preventiva colocando barreiras de contenção e deixar uma equipe de pronta resposta é o principal porque se acontece algo grave os danos são catastróficos. As ações de restabelecimentos, assistência humanitária, reparação e eventual reconstrução apresentam custos elevadíssimos, por isso este projeto de Lei vem para melhorar a questão”.

    Após as apresentações dos especialistas convidados, a audiência pública abriu a palavra para perguntas onde o representante do deputado Goura (PDT), assessor Caiê Alonso, perguntou sobre a fiscalização uma vez vigente a norma proposta. Respondido pelo deputado Artagão Júnior (PSD) que uma vez aprovada a nova legislação “o decreto regulamentador deverá atender essas especificidades. Hoje já existem medidas de controle custeadas pelo poder público, pelo Porto de Paranaguá e elas continuarão existindo. Nós teremos um acréscimo nas medidas preventivas, mas desta vez, bancadas pelo armador e o custo operacional na adoção destas medidas é tão insignificante que talvez nem seja percebido diante do tamanho de cada operação”.

    Por fim, a audiência pública ressaltou que o principal objetivo é o de promover e ampliar o cuidado com o meio ambiente, fortalecer as respostas a emergências em toda costa litorânea paranaense garantindo a instalação do cerco preventivo de forma obrigatória para todos os navios atracados ou fundeados e assim, garantir a integridade do ecossistema da região.

    Fonte: Assembleia Legislativa do Paraná

    Em Goiás, iniciativa combate a poluição plástica

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    Imagem: Portal Assembleia Legislativa de Goiás

    A data chama atenção para a produção e consumo excessivo de plásticos. Descarte inadequado do material, que leva até 450 anos para se decompor, prejudica o meio ambiente. Na Alego, leis estimulam a reciclagem.

    O Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida) estima que 13 bilhões de sacolas plásticas são usadas por ano no Brasil, mais de 60 por pessoa. Segundo relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil, quarto maior produtor de plástico no mundo, gera 11 milhões de toneladas de lixo plástico anualmente e recicla apenas 1,28% delas. Para complicar a situação, o material leva em torno de 450 anos para se decompor. E esse é um problema não só em território verde e amarelo - é global e coloca em risco o futuro de todos.

    Por isso, em 3 de julho, comemora-se o Dia Internacional Sem Sacos Plásticos. É uma oportunidade para sensibilizar a sociedade acerca da necessidade de diminuir a utilização não apenas do referido objeto, mas dos plásticos de uso único em geral.

    Conforme dados de 2023 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a humanidade produz mais de 430 milhões de toneladas de plástico anualmente, quantidade que pode triplicar até 2060. Destas, dois terços são de curta duração, ou seja, se tornarão lixo em pouco tempo.

    As sacolas plásticas foram criadas pelo sueco Sten Gustaf Thulin em 1965 e logo se espalharam pelo mundo por serem maleáveis, práticas e baratas de se produzir. Hoje, a cada 12 meses, surge mais 1 trilhão delas no planeta.

    O plástico é produto de recursos naturais não renováveis (petróleo e gás) cujo processamento tem grande potencial poluidor. Além disso, as sacolinhas são resíduos sólidos com longo tempo de decomposição que se acumulam rapidamente e em quantidade considerável.

    De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MME), as sacolas plásticas em si não são o maior vilão do meio ambiente. O problema maior é o consumo excessivo aliado ao descarte inadequado. Para se ter uma ideia, o Brasil produz, em média, aproximadamente 1 quilo de lixo plástico por habitante a cada semana, de acordo com o WWF.

    Como apenas 9% do plástico gerado globalmente é reciclado, praticamente sua totalidade acaba descartada no meio ambiente, seja em aterros sanitários, bueiros, matas, rios ou oceanos. Vale ressaltar que nem todo tipo de plástico é reciclável e, dentre os que são, nem todos possuem viabilidade financeira ou demanda para que o processo seja realizado.

    “O plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou benefícios significativos para a sociedade”, diz relatório do Fundo Mundial para a Natureza. “Infelizmente, a maneira com a qual indústrias e governos lidam com o plástico e a forma que a sociedade o converteu em uma conveniência descartável de uso único transformou esta inovação em um desastre ambiental mundial”. Assim, por trás da praticidade se esconde um alto custo para a natureza.

    Poluição plástica

    Ainda de acordo com o WWF, 75% do plástico produzido pela humanidade já não possui mais serventia e foi descartado. O volume que vaza para os oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, é como se 23 mil aviões Boeing 747 “pousassem” nas águas anualmente. Caso o ritmo se mantenha, o equivalente a 26 mil garrafas de plástico a cada quilômetro quadrado poderá ser encontrado no oceano.

    Ao contrário dos materiais orgânicos, os detritos plásticos podem permanecer no meio ambiente por muito tempo. Isso sem contar que eles não são biodegradáveis, ou seja, sua decomposição gera resíduos permanentes, os micro e nano plásticos .

    O maior acúmulo do material em superfícies aquáticas já tem extensão de 1,6 milhão de metros quadrados, maior que a do estado do Amazonas. As 79 mil toneladas de plástico flutuando próximo aos Estados Unidos receberam o nome de Grande Mancha de Lixo do Pacífico e possuem, inclusive, um ecossistema próprio. No local, o encontro de cinco correntes oceânicas favorece o processo de aglomeração de detritos lançados por diferentes países em cursos d'água que acabam no mar.

    Além do crescente volume do resíduo em diferentes ecossistemas, estudos já detectaram a presença de microplásticos em alimentos, na corrente sanguínea humana, no leite materno e até mesmo em suspensão no ar. O PNUMA calcula que os custos sociais e econômicos causados pela poluição plástica giram em torno de 300 bilhões a 600 bilhões de dólares por ano. Além do mais, os pedaços de plástico absorvem os poluentes que escoam da terra para o mar, incluindo os resíduos farmacêuticos e industriais. Ou seja, o cenário causa degradação ambiental, ameaças climáticas, riscos à saúde e perdas econômicas.

    Mas nem tudo são más notícias: a crise planetária pode ter solução.

    E agora?

    Segundo estudo do PNUMA, a poluição plástica pode ser reduzida em 80% até 2040 caso os países e as empresas invistam em mudanças profundas nas políticas e no mercado usando as tecnologias existentes. Entretanto, a escala do problema exige compromissos e ações urgentes a nível global e em todo o ciclo de vida do plástico. O relatório aponta que não há uma solução única, mas sim a necessidade de uma mudança sistêmica que una diferentes estratégias.

    O PNUMA sugere, assim, uma abordagem baseada na economia circular para manter o plástico dentro do mercado, mas fora dos ecossistemas e do corpo humano. Em linhas gerais, a ideia é estimular a reutilização, reciclagem, reorientação e diversificação, unidas à ações para lidar com o legado da poluição atual.

    A transformação pretendida pelo programa da ONU teria como resultado a economia de 1,27 trilhão de dólares, considerando custos e receitas de reciclagem, e outros 3,25 trilhões de dólares tendo em vista que seriam evitadas tragédias na saúde, clima, poluição do ar, degradação do ecossistema marinho e custos relacionados a litígios. O documento prevê também que políticas públicas acordadas internacionalmente podem ajudar a superar os limites do planejamento nacional e da ação empresarial.

    O diretor executivo do WWF-Brasil, Mauricio Voivodic, faz coro à ressalva. “O próximo passo para que haja soluções concretas é trabalharmos juntos por meio de marcos legais que convoquem à ação os responsáveis pelo lixo gerado. Só assim haverá mudanças urgentes na cadeia de produção de tudo o que consumimos”, afirma.

    As comemorações de 2023 do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) tiveram como tema “#CombataAPoluiçãoPlástica” justamente com o objetivo de discutir e fomentar soluções para o problema em níveis locais e global. O foco girou em torno da economia circular, incluindo o reúso e a reciclagem.

    A Fundação Ellen MacArthur, organização que trabalha com o tema há 12 anos, acredita que a reciclagem não é a solução e sim um dos recursos a ser adotado na implantação da economia circular, a qual apresenta como real solução. Para o grupo, a abordagem é imprescindível e oferece benefícios econômicos, sociais e climáticos. Ligado à cadeia produtiva, o Plastivida defende a mudança de comportamento da população como uma das principais ações a se estimular, aliada ao aumento da qualidade do plástico e descarte correto.

    Atualmente, a ONU lidera um movimento com 167 países, entre eles, o Brasil, pela elaboração do Tratado Global Contra a Poluição Plástica. Um rascunho do documento foi elaborado em encontros realizados em Paris entre maio e junho de 2023. A resolução que deu início ao Tratado foi aprovada em março de 2022 e a negociação das propostas está prevista para ocorrer em novembro de 2023, na capital do Quênia.

    Espera-se que o documento tenha força de lei entre seus signatários e traga metas específicas para reduzir a produção de plástico de uso único e diminuir o espectro de impactos negativos do material no meio ambiente e na saúde humana.

    Ainda em 2002, Bangladesh foi o primeiro país do mundo a proibir sacolas plásticas. Desde então, muitas nações adotaram medidas análogas. Dos 33 países da América Latina e Caribe, 27 possuem leis em prol da proibição ou redução no emprego dos plásticos de uso único.

    Cenário brasileiro

    O Brasil ainda não tem uma lei federal que proíba ou aborde especificamente a questão do plástico, apesar de várias legislações incluírem a problemática em seu escopo. Atualmente, o projeto de lei nº 2524/2022, em trâmite no Congresso Nacional, busca reduzir a geração de resíduos de plástico descartável e promover a economia circular do plástico por meio de metas de reúso e reciclagem.

    “Reduzir, reusar, reciclar têm um sentido muito profundo. Se a gente não reduzir, não vamos dar conta só com o reuso e a reciclagem. Teremos que reduzir e, mesmo reduzindo, teremos que reusar. E mesmo reusando, teremos que reciclar. As políticas públicas no âmbito nacional são muito tímidas. Em que pesem os esforços para fazer a reciclagem do plástico, é muito pouco o que a gente consegue efetivamente fazer. Infelizmente, não estamos fazendo uma Economia Circular no planeta!”, afirmou a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-SP).

    Em junho passado, o MME criou uma Comissão Nacional de Incentivo à Reciclagem (CNIR), que será responsável pelo estabelecimento de diretrizes para esta atividade no Brasil.

    O município de Belo Horizonte (MG) foi o primeiro do país a aprovar leis proibindo a distribuição das sacolas plásticas, que foram substituídas por aquelas feitas de material ecológico.

    Em Goiás, a legislação estadual possui instrumentos pertinentes ao assunto. Por exemplo, a Lei nº 16.749/2009 institui a Política Estadual de Incentivo ao Uso da Sacola Retornável e a nº 20.725/2020 traz a Política Estadual de Crédito para Cooperativas e Associações especializadas em reciclagem de materiais obtidos no lixo ou em programas de coleta seletiva. O consumo sustentável é estimulado a partir da Lei nº 19.413/2016.

    Além disso, o decreto 10.255, publicado em abril de 2023 pela Governadoria, regulamenta a política de logística reversa - um dos pilares da economia circular - no Estado e cria o Recicla Goiás. Agora, fabricantes, distribuidores e demais estabelecimentos comerciais ou industriais são obrigados a custear o reaproveitamento de pelo menos 22% das embalagens recicláveis (vidro, plástico, metal e papelão) que colocam no mercado. O porcentual é produto de acordo setorial, mas o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, instituído pelo decreto 11.043/2022, já estabeleceu metas progressivas, que irão crescer com o passar dos anos.

    A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável assumiu o papel da fiscalização e o descumprimento da obrigação é conduta a ser tipificada como crime ambiental. A pasta espera que a logística reversa ajude os municípios na transição dos lixões para aterros sanitários, exigida pelo Marco do Saneamento Básico.

    Sustentabilidade no Parlamento goiano

    Atenta à urgência em ampliar os cuidados ao meio ambiente, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás está investindo em ações para diminuir a geração de lixo e o consumo de energia na Casa.

    Com o nome provisório de “selo verde”, as iniciativas foram criadas a pedido do presidente do Parlamento goiano, Bruno Peixoto (UB), preocupado em minimizar o impacto ambiental das atividades promovidas no Palácio Maguito Vilela e, como bônus, ainda economizar nos gastos de manutenção do prédio.

    O diretor administrativo da Alego, Leder Pinheiro, conta que são medidas imediatas com potencial para gerar impactos a longo prazo. “Nosso propósito parte da importância de usar o dinheiro público com responsabilidade. Nós, como Casa de Leis, precisamos dar exemplo para a sociedade e isso foi uma solicitação direta do presidente Bruno”, revela.

    Conforme Pinheiro narra, a ideia é tornar a sede da Alego um prédio 100% ecológico. Assim, não há mais compra de copos descartáveis e será aberta uma licitação para adquirir duas mil canecas reutilizáveis, que serão incorporadas ao patrimônio da Assembleia e distribuídas entre os departamentos. Além disso, há previsão para compra de bebedouros que permitam o consumo de água sem a necessidade de copos e a oferta de água em garrafas plásticas foi descontinuada.

    No mesmo sentido, a Seção de Publicidade, Imagem e Identidade Corporativa tem promovido campanhas internas para estimular o pensamento sustentável entre os servidores. Em mensagem que circula nos meios de comunicação internos, lê-se: “Troque o copo descartável por uma atitude sustentável. Se você usar três copos por dia, vai economizar 700 copos por ano. Pequenos hábitos geram grandes mudanças”.

    Em outra frente de atuação, a miniusina de energia solar da Alego já começou a funcionar e é responsável por 25% da energia elétrica consumida na Casa. São 362 placas fotovoltaicas, que foram instaladas no ano passado na parte mais alta da edificação, sobre os blocos B e C do Palácio Maguito Vilela. A tecnologia capta os raios emitidos pelo sol e os transforma em energia limpa e sustentável. Seguindo a lógica, para diminuir o consumo da energia pelos aparelhos de ar-condicionado, estão sendo instaladas películas de controle solar e persianas nas janelas.

    Mais um esforço é pela redução no uso de papel e tinta, o que começou com a criação do sistema Alego Digital, programa que proporciona a tramitação de todos os processos internos do Parlamento estadual de forma on-line. O programa visa modernizar os serviços internos, além de aperfeiçoar também os serviços prestados ao povo goiano.

    O módulo de Memorandos e Ofícios do Alego Digital, projeto idealizado pela Diretoria de Tecnologia e Informação, já apresentou, em um curto período, resultados altamente positivos. Em 2023, até maio, foram economizadas o total de 182.150 folhas, ou seja, 18 árvores deixaram de ser cortadas. Além disso, o projeto resultou ainda em uma economia de R$ 291.440,00 para os cofres da Alego, recursos revertidos em benefícios para a população.

    Fonte: Portal Assembleia Legislativa de Goiás


    Começa a temporada de baleias no litoral brasileiro

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    Imagem: Instituto Baleia Jubarte

    Destinos brasileiros atraem visitantes de todo o mundo para vivenciar de perto a grandiosidade das baleias e presenciar momentos inesquecíveis em contato com a natureza.

    Está oficialmente aberta a temporada de baleias nas águas “quentinhas” do Brasil. As primeiras quatro baleias jubarte da temporada de 2023 foram avistadas no litoral do Espírito Santo pelos pesquisadores do Projeto Amigos da Jubarte. O registro inédito foi feito em abril, por meio de hidrofones, pelo qual os pesquisadores conseguiram captar a vocalização desses animais. Para os pesquisadores, os mamíferos estão adiantados para a temporada de 2023, considerando a temporada de 2022.

    De acordo com o censo aéreo do Projeto Baleia Jubarte realizado em agosto de 2022 entre São Paulo e Rio Grande do Norte, a população atual de baleias no Brasil é de 25.000. O levantamento foi feito em parceria com a empresa Socioambiental e com apoio financeiro da Veracel Celulose e da Petrobras.

    “A presença das baleias ao longo da nossa costa atrai turistas de todas as partes do mundo, gerando empregos, fomentando a economia local e despertando um maior interesse pela preservação dos ecossistemas marinhos, fortalecendo nosso compromisso com a conservação dos oceanos", afirma a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.

    O turismo de observação natural é uma grande tendência e está movimentando o setor no Brasil. A Agência Nacional de Turismo selecionou alguns destinos imperdíveis para quem é apaixonado pelo maior mamífero do mundo. Veja abaixo:

    ESPÍRITO SANTO - A região de Vitória, no Espírito Santo, é famosa pela observação de baleias e a sua temporada acontece em meados de junho a novembro. Após percorrer 4 mil quilômetros, a Baleia Jubarte chega ao litoral e para vê-las de “pertinho” é necessário navegar até o horizonte do mar, onde as baleias fazem o seu show e passeiam pelo seu habitat natural.

    Por meio dos Projetos Baleia Jubarte e Amigos da Jubarte, os turistas podem realizar um passeio com operadores e mestres de embarcação, que são orientados, para desenvolverem a atividade com segurança, tanto para os animais, quanto para os turistas. O primeiro sinal são os borrifos, seguidos de saltos, e outros comportamentos exclusivos das áreas de reprodução das jubartes.

    BAHIA – Ao entrar no mar já é possível sentir as primeiras ondas, isso porque na Praia do Forte na Bahia, as baleias jubartes são um fenômeno. Nessa região, os passeios podem ser feitos pela agência de turismo Portomar, que recebe apoio do Instituto Baleia Jubarte, que acompanha os turistas juntamente a uma equipe capacitada para monitorar a atividade e auxiliar os visitantes na observação das baleias.

    O passeio é feito em uma escuna (tipo de veleiro) que navega em direção ao alto mar e leva em média 05 horas, no máximo 03 horas em alto mar.

    SANTA CATARINA – Os grandes cetáceos chegam também no litoral de Santa Catarina, com filhotes e mamães baleias. O litoral de Laguna, junto com Imbituba e Garopaba, formam o trio de cidades que compõem o roteiro turístico de inverno conhecido como Rota da Baleia Franca. Juntas compõem o maior registro de avistamentos de baleias do litoral Catarinense.

    Já em Imbituba, de acordo com o Instituto Australis (ProFRANCA), as baleias devem chegar em maior número no mês de julho, recordando que entre os dias 20 e 21 de setembro de 2022, o Instituto detectou cerca de 250 mamíferos, entre mães e filhotes.

    SÃO PAULO – No litoral de São Paulo, Guarujá integra um imperdível roteiro para observação com baleias. O percurso segue em torno da baía de Guarujá, contornando a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, passando pela Praia do Sangava, e prossegue em direção à laje de Santos, que é um parque marinho e uma área de proteção ambiental.

    Fonte: Gov BR

    Video - NASA mostra simulação chocante da emissão e captura de CO2

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    Imagem: Tempo.com


    O dióxido de carbono é o gás de efeito estufa que mais contribui para as mudanças climáticas, mas de onde ele vem? Com a nova modelagem computacional desenvolvida pela NASA, podemos entender onde estão as principais fontes e sumidouros desse gás.

    Como o segundo gás de efeito estufa mais abundante em nossa atmosfera (depois do vapor de água), o dióxido de carbono (CO2) é um indicador direto para medir as mudanças climáticas. O fluxo de emissões de carbono pode ser difícil de entender, pois é invisível a olho nu. Mas, isso pode mudar com as novas visualizações divulgadas pelo Scientific Visualization Studio da NASA, que mostram a atmosfera em três dimensões e destacam o acúmulo de CO2 durante o ano de 2021.

    A cada ano, a vegetação e os oceanos em todo o mundo absorvem aproximadamente metade das emissões humanas de CO2, fornecendo um serviço altamente valioso que reduz a taxa de acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera. No entanto, cerca de 2,5 partes por milhão permanecem na atmosfera anualmente, causando um aumento constante nas concentrações.

    Esta nova visualização mostra o dióxido de carbono sendo adicionado à atmosfera da Terra ao longo do ano de 2021, dividindo-o em quatro contribuintes principais:

    • Laranja: emissões por combustíveis fósseis
    • Vermelho: emissões por queima de biomassa
    • Verde: emissões/capturas dos ecossistemas terrestres
    • Azul: emissões/captura dos oceanos.

    As simulações apresentam diferentes partes do planeta Terra e permitem avaliar separadamente o que está acontecendo em diferentes regiões e como os locais que emitem e captam CO2 mudam ao longo do ano. É importante observar que existem áreas do planeta que atuam como sumidouros de CO2, ou seja, o eliminam da atmosfera. Esses gráficos mostram esses sumidouros em pontos azuis e verdes, correspondendo a oceanos e ecossistemas terrestres, respectivamente.

    Em uma das visualizações da simulação, destaca-se o que está acontecendo na América do Norte e na América do Sul. Algumas características interessantes incluem um grande foco de contaminação no nordeste dos Estados Unidos, enquanto uma rápida oscilação é observada na floresta amazônica no Hemisfério Sul. Os pontos verdes aparecem quando as plantas absorvem carbono através da fotossíntese sob a luz solar.

    O final do vídeo é um lembrete de por que todos nós precisamos nos preocupar com as emissões. As manchas laranjas se estendem para o sul e envolvem todo o planeta à medida que o ano passa.

    Ao focarmos na Ásia e na Austrália, chama a atenção um ponto crítico de poluição próximo de Beijing, na China, e a relativa escassez de emissões de combustíveis fósseis no continente australiano, onde a densidade populacional é baixa. Porém, não nos deixemos enganar, pois as emissões daquele país são extremamente altas, mas estão amplamente distribuídas por um vasto território.

    Europa, Oriente Médio e África também têm suas grandes fontes de emissões de combustíveis fósseis, especialmente na Arábia Saudita e na Europa central. Além disso, destaca-se uma nuvem vermelha de emissões de queimadas agrícolas na África Central.

    Embora o dióxido de carbono represente apenas 0,04% dos gases presentes na atmosfera terrestre, tem um efeito significativo em termos de dispersão da radiação de calor para a superfície. Os cientistas enfatizam a importância de manter saudáveis os sumidouros de carbono, como os ecossistemas terrestres e oceânicos, pois eles desempenham um papel crítico na mitigação dos efeitos das emissões de CO2.




    Fonte: Tempo.com

    Extração de água subterrânea impactou eixo de rotação da Terra, dizem cientistas

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    Imagem: Pixabay

    Cientistas afirmam que a extração de água subterrânea impactou eixo de rotação da Terra. Entre 1993 e 2010, nosso planeta se inclinou quase 80 cm para leste devido ao enorme volume de água bombeada dos aquíferos, junto ao derretimento do gelo polar e das geleiras.

    Um novo estudo mostra que, junto do derretimento do gelo polar e das geleiras, a remoção feita pelo homem, da água debaixo da terra, teve um impacto no desvio do polo rotacional da Terra. Somente entre 1993 e 2010, nosso planeta se deslocou em quase 80 centímetros para o leste (64,16 graus).

    Conforme concluem os cientistas na pesquisa, publicada no último dia 15 de junho na revista Geophysical Research Letters, o deslocamento da rotação da Terra ocorre principalmente devido ao deslocamento de água. “Nosso estudo mostra que, entre as causas relacionadas ao clima, a redistribuição das águas subterrâneas realmente tem o maior impacto na deriva do polo rotacional”, diz Ki-Weon Seo, geofísico da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, que liderou o estudo, em comunicado.

    A capacidade da água de alterar a rotação da Terra foi descoberta em 2016 e relatada em artigo científico. Cientistas estimam que os humanos bombearam 2.150 gigatoneladas de água subterrânea, o que equivale a mais de 6 milímetros de aumento do nível do mar, entre 1993 e 2010.

    No novo estudo, os pesquisadores consideraram primeiro apenas mantos de gelo e geleiras, e depois adicionaram diferentes cenários de redistribuição das águas subterrâneas. O modelo apenas combinou com a deriva polar observada quando os pesquisadores incluíram as 2.150 gigatoneladas de redistribuição de águas. “Essa é uma boa contribuição e uma documentação importante, com certeza”, disse Surendra Adhikari, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, que publicou o artigo de 2016.

    Impactos climáticos

    Como o polo rotacional da Terra muda normalmente vários metros em cerca de um ano, alterações devido ao bombeamento de águas subterrâneas não correm o risco de mudar as estações do ano, segundo Adhikari. Porém, em escalas de tempo geológico, a deriva polar pode ter um impacto no clima.

    O polo rotacional da Terra se move durante um processo chamado movimento polar, que é quando a posição desse polo varia em relação à crosta terrestre. Como adicionar um pouco de peso a um pião, o planeta gira de maneira um pouco diferente conforme a água se move.

    Se a água é redistribuída das latitudes médias, há um impacto maior no polo rotacional. Durante o período avaliado no estudo, a maior parte da água foi redistribuída no oeste da América do Norte e no noroeste da Índia — ambos em latitudes médias.

    Conforme Seo, tentativas dos países de diminuir as taxas de esgotamento das águas subterrâneas, especialmente nessas regiões, poderiam alterar a mudança no eixo de rotação da Terra, mas só se essas abordagens de conservação forem mantidas por décadas.

    "Estou muito feliz por encontrar a causa inexplicável do desvio do polo de rotação", afirma o cientista. “Por outro lado, como morador da Terra e pai, estou preocupado e surpreso ao ver que o bombeamento de águas subterrâneas é outra fonte de aumento do nível do mar”.

    O próximo passo da pesquisa sobre o tema pode ser voltar ao passado. “Os dados de movimento polar estão disponíveis desde o final do século 19”, observa Seo. “Assim, podemos potencialmente usar esses dados para entender as variações de armazenamento de água continental durante os últimos 100 anos”.

    Fonte: Revista Galileu


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