Floração gigante de sargaço flutua em direção a costa da Flórida

Floração gigante de sargaço flutua em direção a costa da Flórida
                                            
Uma floração de sargaço, com cerca de 8.000 quilômetros de largura, tem o dobro da largura dos Estados Unidos, –acredita-se que seja a maior da história–, está flutuando entre a costa atlântica da África e o Golfo do México e pode seguir para as praias da Flórida.

O Riviera Maya, um trecho do litoral do Caribe no nordeste da Península de Iucatã, no México, está se preparando para receber cerca de 1 metro de acúmulo de sargaço na próxima semana, relata o canal de notícias The Cancun Sun.

O espesso tapete de algas pode fornecer um habitat para a vida marinha e absorver dióxido de carbono, no entanto, pode ter consequências desastrosas à medida que se aproxima da costa.

O coral, por exemplo, pode ser privado da luz solar. À medida que a alga se decompõe, ela pode liberar sulfeto de hidrogênio, impactar negativamente o ar e a água e causar problemas respiratórios para as pessoas nas áreas circundantes.

                               

Floração gigante de sargaço flutua em direção a costa da Flórida
Tapete de algas marrons, Sargassum sp., se acumula na costa de Miami Beach, Flórida, EUA. (Andre Seale/VW PICS/Universal Images Group via Getty Images)

“O que estamos vendo nas imagens de satélite não é um bom sinal para um ano de praia limpa”, disse Brian LaPointe, professor de pesquisa do Harbor Branch Oceanographic Institute da Florida Atlantic University, à NBC News.

Brian Barnes, professor assistente de pesquisa da Faculdade de Ciências Marinhas da Universidade do Sul da Flórida, disse ao jornal que o sargaço ainda pode ameaçar a infraestrutura crítica se permanecer nas águas costeiras.

"Pode bloquear válvulas de admissão para coisas como usinas de energia ou usinas de dessalinização. As marinas iriam ficar completamente inundadas e os barcos não poderiam navegar", disse Barnes.

                                

Floração gigante de sargaço flutua em direção a costa da Flórida
As marés vermelhas atingiram a costa sudoeste da Flórida na semana passada, matando peixes e deixando moradores doentes.

As algas marinhas iminentes surgem quando os moradores da Flórida ao longo da costa sudoeste do estado reclamam de olhos ardendo e problemas respiratórios. Peixes mortos apareceram nas praias. Inclusive, um festival à beira-mar foi cancelado.

A costa sudoeste da Flórida experimentou um surto de algas tóxicas da maré vermelha, gerando preocupações de que elas possam continuar por aqui por um tempo. A floração atual começou em outubro.

A maré vermelha, uma proliferação de algas tóxicas que ocorre naturalmente no Golfo do México, é agravada pela presença de nutrientes como nitrogênio na água.

A Florida Fish and Wildlife Conservation Commission adverte as pessoas a não nadar nas águas da maré vermelha ou em torno delas, devido à possibilidade de irritação da pele, erupções cutâneas e queimação e dor nos olhos. Pessoas com asma ou doenças pulmonares devem evitar as praias afetadas pelas algas tóxicas.


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