No aspecto social, proporciona a oportunidade de sociabilização entre quem tem e não tem deficiência, além de aumentar a independência no dia a dia. Pensando nisso, a Presidente do Instituto Ohana Hui, Iara Stella, criou o projeto Surf Special, com o objetivo de promover inclusão e socialização de PCDs por meio dessa modalidade esportiva.
O projeto Surf Special foi criado no Guarujá, litoral de São Paulo, em janeiro de 2019, onde são realizadas gratuitamente atividades e aulas de surf adaptado para pessoas com qualquer tipo de deficiência física (comprometimento motor), múltipla, visual, auditiva ou intelectual. São utilizados materiais adaptados, com profissionais capacitados e metodologia específica, visando o bem estar e desenvolvimento físico, cognitivo e emocional dos participantes, estimulando a superação físico-emocional e aprimoramento das relações interpessoais dos alunos.
O projeto atua através de diversas vertentes como: atendimentos individuais, atendimentos coletivos, realização de ações inclusivas e participações em eventos/campeonatos/festivais de surf, nos quais os alunos são distribuídos em categorias diferentes de acordo com sua idade e tipo de prancha, participando com os atletas regulares das categorias, e sendo premiados pela valorização de suas conquistas e pelo reconhecimento de superações que respeitam a limitação, condição e individualidade de cada um. Atualmente, o Surf Special realiza mais de 500 atendimentos e vivências nas quais mais de 100 pessoas com deficiência tem seu primeiro contato com o mar.
Para alunos com diagnóstico de deficiências múltiplas ou físicas, o atendimento inicia-se pelo contato e avaliação de um fisioterapeuta. A par da individualidade, características, condição e diagnóstico do aluno, os monitores de surf preparam e adaptam o material de acordo com a necessidade de cada um.
A preparação do aluno ocorre seguindo os procedimentos de transposição do protocolo de atendimento para casos severos (transposição da cadeira de rodas - cadeira anfíbia - prancha de surf). Inicia-se a aula de surf com 2 a 4 monitores de surf supervisionados por um educador físico e acompanhados pelo fisioterapeuta que auxilia na adequação postural, prática preventiva e progressiva do aluno. Ao final da prática, realiza-se a talassoterapia, um momento relaxante integrativo entre praticante-ambiente.
No início de 2019, através de Jordano Paiva, Técnico de equipamentos especiais, Iara Stella, Presidente do Instituto Ohana Hui, conheceu o trabalho de Cisco Araña, Educador físico que trabalha com surf adaptado há mais de 30 anos em Santos, com uma metodologia de ensino específica e desenvolvimento de materiais adaptados para a prática deste esporte.
Cisco, comovido pelo histórico de realizações de ações sociais, incentivou a realização e criação do projeto com surf adaptado no Guarujá orientando as experiências iniciais. Atualmente, o Surf Special realiza mais de 500 atendimentos e vivências nas quais mais de 100 pessoas com deficiência tem seu primeiro contato com o mar.
O objetivo do projeto é ampliar a frequência e o número de atendidos, tanto nas aulas sistemáticas que ocorrem semanalmente quanto nas eventuais atividades coletivas, aumentando o número de beneficiados diretos (alunos) e beneficiados indiretos (familiares, cuidadores, professores, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e psicólogos).
Fonte: Diário do Litoral