O feito foi alcançado com um implante do dispositivo na região da medula espinhal.
Cientistas do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça em Lausanne (EPFL) relataram que criaram um dispositivo e conseguiram fazer três pessoas paraplégicas voltarem a andar. O anúncio foi publicado na revista Nature Medicine nesta segunda (7/2).
O dispositivo, que faz o papel do cérebro, manda estímulos aos nervos associados ao movimento na região da coluna vertebral e ativa os músculos do tronco e das pernas.
O mecanismo é controlado por um software de inteligência artificial que reativa os neurônios e é acionado com um marca-passo instalado na região do abdômen.
Um dos participantes do estudo, o italiano Michael Roccati, de 29 anos, teve a medula espinhal completamente rompida após um acidente de moto, e estava em uma cadeira de rodas há quatro anos, sem nenhuma sensação nas pernas.
Ele foi a primeira pessoa do mundo a conseguir andar depois deste tipo de lesão.
Os primeiros passos foram incríveis, um sonho que se tornou realidade,
contou, em entrevista ao Daily Mail.
O paciente precisa de um andador, que é controlado com botões e estimula o levantar e abaixar das pernas.
Os pesquisadores afirmam que alguns pacientes deram os primeiros passos no dia seguinte à cirurgia para implantar o mecanismo.
Mas, apesar de os resultados serem animadores, ainda não são a cura para lesões espinhais, uma vez que a tecnologia ainda é muito complicada de ser usada no cotidiano.
Rocatti passou por exercícios intensos nos últimos sete meses para recuperar a massa muscular.
Atualmente, com a ajuda do andador, consegue subir e descer escadas.
Espero ser capaz de andar um quilômetro até a próxima primavera,
disse.
Fonte: Metrópolis