A pandemia obriga o brasileiro de maior renda a conhecer mais o país e o Ecoturismo é a porta de entrada desse novo consumidor.
Com fronteiras turísticas fechadas, os destinos nacionais, tiveram que se adaptar para o ‘Ecoturismo de Luxo’ e oferecer vivências diferentes para esse consumidor da classe A, que conseguiu manter a renda durante a pandemia.
*Bonito – MS
Carina Câmara, coordenadora da Câmara Temática de Turismo do Consórcio Nordeste, em discussão sobre o reaquecimento do turismo no País na 5ª edição do ano do E Agora, Brasil?, diz que o turismo no país se aperfeiçoou muito com isso e que foram gerados novos serviços de luxo:
“Conseguimos atender a esse tipo de público, um cliente que chega de helicóptero, com experiências diferenciadas. Fizemos jantar no meio das dunas nos Lençóis Maranhenses.
*Chapada Diamantina – BA
As empresas tiveram que se reinventar, encontrar novas formas de se mostrar o destino.
*Lençóis Maranhenses – MA
Hoje, conseguimos atender ao lazer do mais econômico ao mercado Classe A, que era o que estava disponível no momento com dinheiro e condições de viajar.”
*Chapada dos Veadeiros
Ela reconhece que uma parte desses novos turistas vai voltar a viajar para o exterior conforme as fronteiras forem reabrindo, mas vê esse mercado crescendo.
*Ibitipoca - MG
Na opinião de Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, “sustentabilidade é fundamental nos debates e políticas para o turismo.”
*Nobres (MT)
“Sustentabilidade é crucial, podem ser feitas parcerias para administrar parques nacionais, como existe nos EUA.”
*Ilhabela (SP)
Leonel Andrade, presidente da CVC, observa que a pandemia obrigou o brasileiro de maior renda a conhecer mais o país e a perceber que o nível de serviços e o conforto competem com os melhores hotéis lá fora, e que há uma janela de oportunidade ainda a ser aproveitada.
*Parque Nacional do Itatiaia (RJ)
Janela de oportunidade
Os países reabrem suas fronteiras lentamente, com exigência de vacinação, testes e vistos.
“Para os Estados Unidos que reabriram agora, estão marcando o agendamento de visto para o fim do ano que vem. Temos que aproveitar esse momento.
*Foz do Iguaçu – PR
É uma tendência que precisa ser fomentada, permitindo um desenvolvimento diferente do turismo doméstico”, diz Jerome Cadier, à frente da Latam Brasil.
*Serra do Rio do Rastro – SC
E o meio ambiente é peça-chave nesse setor, continua Andrade, que vê a discussão sobre a Amazônia restrita às questões sobre “se está queimando ou desmatando”.
*Gramado e Canela – RS
“Tem que haver parcerias para saber explorar de maneira correta as belezas naturais, oferecendo incentivos, não subsídios, parcerias para levar o setor privado a investir a longo prazo.”
*Morretes - PR
Para ele, o turismo vive das belezas naturais do planeta e das pessoas, portanto, engajar o setor nas questões de sustentabilidade e diversidade é fundamental para o desenvolvimento:
*Alter do Chão - PA
“O setor ainda é pouco engajado nisso, mas sou otimista. Acho que voltaremos ao normal, a pandemia vai ficar para trás. Todo mundo quer viajar e conhecer o mundo. Vejo um futuro glorioso.”
O evento, em formato digital, debateu o que o setor precisa, não só para recuperar perdas em razão da pandemia, mas para avançar.
Participaram do evento:
Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e diretor da CNC,
Carina Câmara, coordenadora da Câmara Temática de Turismo do Consórcio Nordeste,
Magda Nassar, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), além dos executivos:
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil e Leonel Andrade, presidente da CVC.
Realizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo, o E Agora, Brasil? teve mediação das jornalistas Mariana Barbosa e Maria Luiza Filgueira.