A espécie é comum na região, mas, o exemplar tinha tamanho muito acima do normal e seu peso quase quebrou a balança.
O biólogo marinho Enrique Ostale foi chamado para analisar um enorme peixe-lua que pescadores de atum encontraram preso em suas redes, na costa mediterrânea de Ceuta, na Espanha, e ficou impressionado. Ostale não acreditou na sua sorte ao ver o que fora chamado para avaliar o enorme peixe.
O peixe-lua mamute - uma espécie classificada como vulnerável e não consumida na Europa - tinha 3,2 metros de comprimento e 2,9 metros de largura, disse Enrique Ostale à agência Reuters na quinta-feira (14), um achado recorde para a área onde, devido às marés e padrões migratórios do peixe-lua, a espécie em si não é rara.
Mas o peixe em questão era pesado demais para a balança de uma tonelada, que quase quebrou com seu peso, disse Ostale, que chefia o Laboratório de Biologia Marinha da Universidade de Sevilha, no enclave espanhol de Ceuta.
"Olhando para outros estudos e comparando os tamanhos, ele devia pesar umas duas toneladas", disse.
O peixe foi isolado inicialmente em uma câmara subaquática anexada ao barco antes de ser içado a bordo por um guindaste, onde permaneceu por alguns minutos enquanto Ostale e seus colegas biólogos faziam medições, fotos e retiravam amostras de DNA.
Com pele cinza escura, sulcos arredondados em seus flancos e uma grande cabeça de aparência pré-histórica, este espécime em particular era provavelmente uma mola alexandrini, uma subespécie do gênero peixe-lua mola, que apresenta uma barbatana traseira recortada distintamente em forma de toco.
"Não podíamos acreditar na nossa sorte, porque lemos livros e artigos sobre as dimensões que um peixe-lua poderia ter, mas não sabíamos que seríamos capazes de vê-lo e tocá-lo nós mesmos", disse Ostale.
Ele acrescentou que também foi estressante: “Tivemos que lidar com a situação, avaliar os perigos porque estávamos no meio do mar com dois barcos, um guindaste, o peso e principalmente por ser um animal vivo.... Tivemos que obter os dados de que precisávamos o mais rápido possível”.
Mas a extração e o retorno do peixe à água, que ocorreu no dia 4 de outubro, ocorreram sem problemas, para alívio dos pescadores e cientistas a bordo, que viram a criatura desaparecer nas profundezas.
*Créditos do vídeo: Voa News
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