A Unidade de Emergência Militar faz a leitura de gases tóxicos perto do rio de lava na ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias.
A lava do vulcão da ilha de La Palma, nas Canárias, chegou à Praia Nova, na costa de Tazacorte, e a concentração de gases tóxicos preocupa autoridades locais.
De acordo com o Instituto Espanhol de Oceanografia, após 9 dias descendo a encosta até ao mar, o depósito de lava atingiu em poucas horas uma altura de 50 metros.
A entrada no mar da lava expelida pelo vulcão Cumbre Vieja está a criar um novo delta sólido e a prolongar o território da ilha de Palma.
A superfície coberta pelo magma ultrapassou os 267 hectares, estimou o sistema de satélites europeu Copernicus, ainda antes da chegada da lava ao mar.
Este encontro entre o magma, a mais de 1000 graus Celsius, e água do Atlântico, entre os 20 e 25 graus, é particularmente temido devido à produção de gases tóxicos e partículas nocivas.
As autoridades e os especialistas estão a recomendar medidas preventivas e o confinamento dos residentes nas localidades próximas da zona onde a lava está a ganhar terreno ao mar.
Os últimos dados sobre prejuízos indicam que a lava expelida pelo vulcão, desde a erupção inicial a 19 de setembro, já danificou mais de 740 edifícios, incluindo 656 totalmente destruídos.
O governo regional do arquipélago decretou um "raio de exclusão de 2 milhas náuticas" e desde segunda-feira que a população residente no sul da ilha foi aconselhada a um confinamento dentro de casa, para prevenir intoxicações.
As autoridades garantem estar vigilantes sobre a possibilidade da nuvem de fumaça migrar e contaminar o perímetro fora da zona de exclusão.
As áreas destruídas aumentaram nas últimas horas.
A lava do vulcão da Cumbre Vieja destruiu várias plantações de bananeiras. Pelo menos 740 edifícios foram engolidos pela lava.
Foi um estado de catástrofe natural
O governo liberou 10,5 milhões de euros para ajuda direta às vítimas da erupção vulcânica. Um apoio para a compra de casas para quem perdeu a residência. Cerca de 6 mil pessoas foram desalojadas desde as primeiras erupções, a 19 de setembro.