Segundo o curador do Museu Oceanográfico da Univali, as presas do tubarão que ficavam no fundo do mar, agora, podem estar na praia.
A presença de um tubarão-martelo após dragagem para alargamento da praia em Balneário Camboriú chamou a atenção de muita gente e foi um dos assuntos mais comentados na quinta-feira (16), quando o animal foi flagrado.
Curador do Museu Oceanográfico da Univali afirma que o animal estava se alimentando e não oferece risco aos banhistas.
É que, segundo o curador, professor Jules Soto, um dos motivos que pode ter trazido o tubarão para tão perto da terra firme é que suas presas agora estão na praia devido a dragagem no fundo do mar para a obra de alargamento, a draga foi colocada para “sugar” a areia de uma jazida no fundo do mar e trazer até a praia.
Ele afirma que essa espécie de animal costuma ficar no fundo do mar se alimentando de pequenos peixes.
Movido pela alimentação, esse tubarão-martelo juvenil, segundo o professor, veio até a Barra Sul atrás dos peixes, e parece ter encontrado.
Quem avistou o animal e filmou foi um vendedor de churros, que fica na região do molhe. Ele percebeu a nadadeira dorsal do animal para fora da água, e logo identificou o tubarão.
Conforme explica Soto, nesse momento, o animal já havia se alimentado e estava nadando tranquilamente, fazendo a digestão.
Ao ver o tubarão, muita gente ficou com medo de ser mordido, mas o professor afirma que a possibilidade de isso acontecer é bem baixa, se o bicho for deixado em paz.
Isso porque, naquela posição, ele já está bem alimentado, e humanos não estão na cadeia alimentar dos tubarões.
O Museu Oceanográfico Univali (MOVI) é o maior museu oceanográfico das Américas e o terceiro maior do mundo nesta temática.
Foi fundado em 1987, pelo seu atual curador geral, Prof. Jules M. R. Soto. Está localizado no campus da Universidade do Vale do Itajaí em Balneário Piçarras, Santa Catarina, Brasil.
Flagra de tubarão em Balneário Camboriú foi feito por um vendedor de churros.