O projeto foi idealizado pelo velejador suíço Yvan Bourgnon em parceria com a ONG SeaCleaners (Limpadores do mar).
Com mais de 45 metros de comprimento, o navio é capaz de coletar lixos dos oceanos, sobretudo plástico, e transformá-lo em energia.
Um dos maiores desafios da humanidade hoje é reduzir e controlar a poluição dos oceanos.
Há alguns meses, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que esta década será dedicada à proteção das águas dos mares, algo indispensável para evitar uma catástrofe.
Mas, independente dos índices alarmantes de poluição, ainda é possível sonhar com um futuro sustentável. A esperança tem nome e se chama Manta.
Isso lhe dá condições para operar de maneira autônoma em 75% do tempo que está em atividade.
A embarcação é forjada com aço de carbono e possui painéis solares, geradores potentes e turbinas eólicas.
“A capacidade de recolher o lixo é inovadora”, conta o engenheiro naval João Ferreira Netto, da Escola Superior de Engenharia e Gestão (ESEG).
Com mais de 22 funcionários, o Manta poderá coletar cerca de três toneladas de lixo por hora, um marco no setor marítimo.
“Os incentivos irão crescer com embarcações como esta”, explica Netto.
10 mil toneladas é a quantidade anual de plástico que o Manta pode coletar nos mares.
Idealizador do projeto em parceria com a ONG SeaCleaners (Limpadores do mar), o velejador suíço Yvan Bourgnon, conta que há décadas observa a degradação das águas e sentiu que tinha que fazer alguma coisa.
“A poluição de plástico é alarmante”, diz. Por enquanto, só há um protótipo do navio autônomo disponível, mas Bourgnon já sabe onde ele poderá ser mais útil.
“Nossa esperança é que centenas de Mantas sejam construídos para ajudar na limpeza dos oceanos, sobretudo na Ásia”, diz, referindo-se à região que concentra 60% da poluição de plástico no mundo.
Segundo a SeaCleaners, os dois primeiros navios serão comercializados a partir de 2024 e cada um deles coletará mais de dez mil toneladas de plástico por ano.