Ilha das Cobras, um paraíso pouco conhecido pelos paranaenses

A Ilha das Cobras fica localizada na baía de Paranaguá que pertence ao território marítimo do Estado do Paraná.

Um paraíso pouco conhecido até pelos próprios paranaenses, com 52 hectares de área remanescente de Mata Atlântica, a Ilha das Cobras é de propriedade da União mas cedida para o governo do estado do Paraná através de contrato de cessão de uso gratuito.

Em dezembro de 2019, este contrato foi renovado por mais 20 anos.

A ilha é constituída de dois morros, cujos cumes distaram cerca de 500 metros, e entre estes acidentes geográficos estão localizados os edifícios que já abrigaram um lazareto ( onde são postas de quarentena as pessoas que, chegadas a um porto ou aeroporto, podem ser portadoras de moléstias contagiosas), um reformatório e um presídio e foi também residência oficial de veraneio.

Em 10 de junho de 1855, o governo provincial do Paraná recebeu a ordem para a construção de um lazareto a fim de conter uma possível epidemia no porto local, caso a moléstia de cólera que assolava a província do Pará chegasse ao litoral paranaense.

Em 1936, o prédio foi reformado e passou a abrigar uma escola de pescadores para jovens infratores (na verdade um reformatório com o nome de "Escola de Pescadores Antônio Serafim Lopes").

Com capacidade para 100 alunos, a estadia era obrigatório e os "estudantes" apelidaram o local de “mansão do diabo”

Durante o Estado Novo, o local virou um presídio para comunistas contrários à política de Getúlio Vargas.

As instalações da ilha também foram usadas como uma residência oficial de veraneio, principalmente durante os governos de Roberto Requião, com mais frequência e Beto Richa.

Em 2006, na renovação do contrato de uso, o local também tornou-se uma base de apoio para os portos da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina).

A ilha ficou abandonada por anos, pois a última vez que foi utilizada como residência oficial de veraneio foi no ano de 2011, no início da gestão de Beto Richa.

Por isso, em setembro de 2018, na gestão de Cida Borghetti, a ilha foi transformada no "Parque Estadual Ilha das Cobras", uma unidade de conservação de proteção integral.

Este projeto incluía um centro para pesquisas e educação ambiental, principalmente para tartarugas marinhas, pois é local de parada e desova da espécie.

Em julho de 2020, na gestão de Ratinho Junior, suas instalações tornaram-se a "Escola do Mar", um espaço para o ensino profissionalizante, com cursos de gastronomia, hotelaria, turismo, aquicultura (produção de ostras, mariscos e camarão) e educação ambiental, com a instalação de um restaurante-escola.